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UM CORAÇÃO DE CRIANÇA
Há uma canção cantada por um famoso cantor brasileiro, que diz: “Você, meu amigo de fé/Meu irmão, camarada. ... Cabeça de homem, mas um coração de menino”. Vamos fazer uma breve análise de parte dessa letra para ver se há sabedoria espiritual nela.

Há quem queira se colocar na condição de criança como se isso fosse bom. Pois pensa que uma criança, quiçá devido a sua ingenuidade e inocência, tem um bom coração. Entretanto, nesse caso, aquele de quem é dito ter um coração de menino já tem uma cabeça de homem, sendo adulto, portanto, pelo menos na idade.

Uma escritura do apóstolo Paulo diz: “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento. I Co 14:20.

Ora, já que o coração é a sede do discernimento, ou onde se discerne o bem e o mal, o bom e o ruim, o devido e o indevido, então aquele que embora seja adulto, tendo cabeça de homem, portanto, mas  um coração de menino ou criança, não atingiu a condição de varão perfeito como requer Deus, e manifesto nas Sagradas Escrituras; sendo, portanto, inexperiente na palavra de Deus. Nessa condição não sabe discernir ainda, estando como que privado de julgar de modo altruísta as coisas necessárias para uma vida digna e plena como requer Deus.

Como diz outra escritura do apóstolo Paulo, “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” I Co. 13:11.  

Então essa canção que pretende elogiar a alguém ao qual tem por amigo de fé, irmão e camarada, em verdade é um modo lisonjeador de se referir a alguém imaturo e incapaz, já que de coração infantil.   Por conseguinte, longe de ser uma letra musical de inspiração divina, ela é de inspiração diabólica. Pois contém uma mensagem subliminar que vincula quem a canta com aquele que a inspirou. Assim, tem o objetivo de associar o imaturo aquele que foi o mentor da inspiração, o qual chama aquele a quem se dirige, de irmão de fé. Portanto, participante do mesmo credo religioso ou canônico. Também o chama de irmão; logo, filho do mesmo pai ou mãe. E já que a inspiração da mensagem não procede do pai das luzes, onde não há mudança nem sombra de variação, então ela é de inspiração maligna.

Rejeite, portanto, o que não vem de Deus, rejeitando a astúcia do príncipe deste mundo ou o deus deste século, o qual tem cegado o entendimento dos incrédulos para que não lhes resplandeça a glória de Deus, a luz do evangelho.
oliprest
Enviado por oliprest em 06/12/2014


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr