Hoje, com as redes sociais e os aparelhos que permitem participar delas a partir de qualquer lugar, um número considerável e cada vez maior de pessoas vivem conectados a elas através da internet, interagindo com outras pessoas em qualquer lugar do mundo. Mas, assim como uma droga, isso pode viciar um usuário que não souber gerenciar seus interesses e objetivos e quiser ficar “só de boa”, se mostrando e se expondo como se fosse mercadoria numa vitrine e em promoção.

E, conforme uma pesquisa recente, as mulheres são as que mais interagem e participam de todos os modos nessas redes. Aqui e ali vemos algumas “tiradas” sobre isso, propondo que elas “vão lavar uma bacia de roupas” ou lavar louças ou cuidar dos filhos, os quais, parece, têm sido relegados a um plano secundário e inferior, por causa da febre que lhes acometeram essa “onda”.

Se nós ainda tivermos tempo para ver a geração que poderá se levantar a partir das crianças de hoje, poderemos nos assustar com o comportamento delas. A partir da era industrial, as gerações que se levantaram estudaram e buscaram se preparar para o mercado de trabalho, a fim de ganhar o seu próprio dinheiro e se independer dos pais, os quais, não raro, são considerados “quadrados” “e ultrapassados” pelos filhos.

A religião tem sido um meio de frear o desregramento de muitos, pelo temor de sofrer aquilo que alguns dizem poderão sofrer aqueles que não forem obedientes aos seus pais. Mas essa nova geração pensa que isso já é ultrapassado e não tem o mesmo temor dos mais antigos, os “velhos”.

Pessoas há que vivem solitárias por se terem decepcionadas e ou terem sido abandonadas por outros, seja parceiros afetivos, seja filhos, e que buscam companhias virtuais nas redes sociais, vivendo um mundo social virtual. Esquecem das suas rejeições, mas não se libertam das dores físicas causada pela imobilidade ou a falta de exercício físico, ou o excesso de horas sentadas, o que resulta também em obesidade.

Crianças há que estão de tal modo viciadas em jogos on line, que já não dormem direito, não exercitam a leitura e a dicção, não fazem os deveres escolares e também estão dando trabalho para os pais conseguirem que façam alguma tarefa doméstica, o que lhes propiciaria a integração com a família e a interação com os seus tutores.

Parece que a preocupação dos pais também é que seus filhos cheguem à idade adulta, a fim de se verem livres do peso que eles estão sendo para eles. Mas, desse modo como vão, nunca serão adultos e continuarão sendo um peso para os pais e motivo de preocupação para eles.

As redes sociais são a maior curtição do momento. Mas ela é frágil e sutil. Basta a net cair e o desespero bate em alguns. Entretanto se um jovem cair, talvez nenhum dos seus amigos virtuais saiba e lamente. Mas, se ele está na crista da onda surfando nas redes, é a maior curtição.