Como saber se uma coisa é boa? Acaso não é pelo resultado? Pois, se ela trouxer algum desconforto e mal estar, não seria sinal de que não é salutar? Comemos pra quê, pra viver ou pra morrer?

É notório e amplamente divulgado nos meios de comunicação de massa, principalmente o televisivo, que a população do globo está se matando pelo prazer de comer e beber. E os apelos das indústrias de alimentos conspiram contra a saúde geral.

No momento do comer, os olhos se deixam enganar pelo visual e o paladar pelo sabor; e ainda que haja desconfiança e suspeita de que o que comemos pode não ser tão bom quanto parece, mesmo assim nos deixamos levar pela apresentação e nos deliciamos com coisas que depois nos causam desconforto. Mas não é só isso, ou não é só essa a consequência que resulta dessa falta de moderação. A longo prazo teremos que arcar com o ônus da falta de vigilância e sobriedade.
Disse Salomão, o grande sábio, que “quem ama o prazer, empobrece”. E essa pobreza não é exatamente material, senão espiritual. Pois, como diz Paulo, “se comermos, nada receberemos, e se não comermos, nada nos falta”.

Se nas comemorações natalinas você teve que recorrer a fármacos para minorar o desconforto da comida e bebida ingeridas, com certeza o que você comeu não era tão bom quanto parecia.

A abundância de alimentos tem servido de laços para uns, os quais fazem dos seus ventres os seus deuses, como disse o apóstolo dos gentios, Paulo.

Mas a insensibilidade prevista para o ser humano desta época concorre para que o mesmo não consiga perceber a gravidade dos seus atos.
Um texto de Paulo diz: “Quer comais, quer bebais, fazei tudo para honra e glória do nome de Deus”.

E a cobrança virá ainda. E isso em forma de enfermidades e sequelas resultante da imoderação e abuso, senão a morte de modo cada vez mais comum, como diabetes e AVC, acidente vascular cerebral.

Se você comeu e bebeu sem culpa, ainda assim poderá vir a ser culpado por ter comido e bebido sem discernir.

As festas de ano novo virão. Aproveite. Coma e beba. Curta. Mas não se esqueça: Outra cobrança será feita, na forma ou no modo. O seu modo desenhará a sua forma.

Boas festas!