VOLTAR? NEM MORTO!
Há alguns dias, para não me fazer de soberbo, fui avistar um casal que chegou a cidade onde resido, o qual são membros da igreja da qual Deus mandou que eu saísse, e da qual falou que nela houve desobediência, incredulidade e blasfemação. Confesso que não fui muito satisfeito. Pois em outra ocasião, na qual eu o visitei em sua casa, fui resistido por ele, o qual não creu em nada do que falei sobre a operação de Deus quando Ele me deu instruções para sair do seu meio.
Depois de tanto tempo fora do seu meio e da sua igreja, e, segundo o conceito deles, apartado de Deus, seria natural que eu estivesse com o coração endurecido a ponto de não querer revê-los, já que me resistiram na outra ocasião. Entretanto, para não pensarem que eu sou o que alguns deles dizem, e até para dar-lhes testemunho do que tem Deus feito na minha vida, fui ao encontro deles. Antes, porém, orei a Deus pedindo que falasse por mim.
Depois de ouvir deles alguma coisa, achei por bem também falar e dizer daquilo que Deus me tem instruído e revelado. Em determinado momento, a varoa, esposa daquele que foi estabelecido como ministro deles, disse-me “que eu tomasse cuidado com o que eu ouvia por ai, para que eu não fosse enganado”, querendo me infundir medo, como se eu fosse um indouto em matéria de profetas e de profecias. Também perguntou-me se eu não cria que Deus poderia usá-la para falar comigo. Ora, eu sei que Deus usa o pior vaso, como ele me falou. Mas eu não lhe dei resposta nesse particular. Depois ela disse que Deus estava falando por ela que eu voltasse para o meio deles, e ainda usou o nome do Senhor, dizendo: “Volte, em nome de Jesus, que a igreja precisa de você.” Isso depois de me acusar de ter amargura pelo que sofri no meio deles, pois eu manifestei que na igreja deles eu fui agredido pelo pastor da igreja local, fui ameaçado de ter o meu óculos quebrado na minha cara por um diácono, e sofri outros agravos.
Isso foi um acinte. Falar com o dedo em riste, de modo impositivo. Não, Deus não age assim. Pois Ele diz: “Não é por força nem por violência, mas pelo meu Espírito”. Disse Jesus: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz e seguem-me”. Mas de modo nenhum seguirão ao estranho, pois não lhe reconhecem a voz.
Bem, o fato de eu lhes manifestar o que sofri na e da igreja deles, não quer dizer que eu tenha mágoa, mas foi para lhes fazer saber aquilo que, talvez, eles ignorassem com relação ao comportamento da igreja coirmã, já que eles residiam em outra cidade. E se reflete mágoas o fato de eu manifestar o que sofri deles, Jesus e Paulo também o tiveram. Basta ler os Salmos 69 e 109, bem como alguns textos escritos por Paulo, falando do que ele sofreu dos falsos irmãos, dos quais disse igualmente que nos acautelássemos.
Agora consideremos, eles querem que eu volte. Eu pergunto: para quê? Quem volta é por que se arrepende; porque reconhece que não devia ter saído e porque tem saudades; é porque quer fazer as pazes com quem esteve em inimizade e renovar a aliança que quebrou. Nessa condição, daquele que volta, dirão: “se voltou é porque reconhece que errou, que não devia ter agido como agiu e está arrependido.” Voltar tem implicações, como descrer daquele que mandou eu sair de lá. É jogar por terra tudo que o Pai me fez saber e falou, não só sobre eles como sobre coisas que eu teria que silenciar, pois não crerão se eu lhes disser. Se não criam em mim quando eu fazia parte deles, porventura crerão agora?
Porventura eles reabririam o processo da minha exclusão para fazer justiça, já que eles fizeram contrariando até o estatuto deles? Também chamariam a conselho o membro ou os membros que me espoliaram os bens, fazendo-os devolver aquilo que me tomaram?
Como eu tomaria uma ceia juntamente com aqueles que são ladrões e adúlteros? Os quais me roubaram e dos quais eu sofri agravos?
Porventura pensam eles que eu tenho andado sem luz?
A mesma varoa também disse que todos os que saíram do meio deles se deram mal. E citou nominalmente um ou dois. Eu não duvido que aqueles que saíram por rebeldia e enquanto a graça de Deus estava sobre aquela igreja, se deram mal, já que o fizeram por vontade própria. Mas eu, apesar do que sofri entre eles, não me rebelei; mas, depois ter saído, por ordem do Senhor, voltei ao pastor local para me apaziguar com ele, apesar de nenhum agravo lhe ter feito.
Voltar para ficar sem poder produzir frutos, como eles estão? Já que estão qual árvore morta. Eles dizem que a igreja precisa de mim. E isso eles dizem como lisonja, porque jamais aceitarão que erraram e que erram nos seus juizos injustos.
Vou propor-lhes um desafio. Que reúnam os seus ministros, todos que forem possíveis. Faremos um sacrifício ao Senhor. Aquele a quem Deus responder com fogo, esse está com o Deus verdadeiro. Só que os demais correm o risco de serem mortos, se não considerarem os seus atos, como foram aqueles falsos profetas de Jezabel, os quais ofereceram sacrifícios juntamente com Elias.
Manaus-Am, 30/11/13.
oliprest
Enviado por oliprest em 27/12/2014