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COANDO MOSQUITO, MAS ENGOLINDO CAMELO

Como é possível que alguém possa ser tão cuidadoso com coisas de somenos importância, mas se descuide da principal? E por que isso acontece? Como isso é possível no aspecto espiritual e religioso? Vejamos!

Quando Jesus viveu aqui entre os homens, dos quais ele mesmo foi o criador, ele foi resistido por alguns que tinham o título de “doutor da lei”, e por outros que eram escribas e líderes religiosos. Eles o seguiam na esperança de ter algum motivo para acusa-lo para com as autoridades que exerciam o juízo e entrega-lo a morte.

Hoje parece  coisa absurda condenar uma pessoa autêntica e sincera como Jesus. Mas, mesmo esses que assim acham, podem isso fazer ainda no presente devido a condição em que estão: cegos.

Como já temos manifestado em alguns trabalhos codificados por nós, muitos gostam de quem lhes lisonjeiam, mas aborrece a quem lhes manifesta os erros  pelo fato de seguirem falsos mestres, que estão enganados e enganando os que lhes seguem. E, lógico, como estão cegos, só veem aquilo que lhes agrada aos ouvidos.

Muitos líderes religiosos de hoje se igualam aos da época de Jesus: são de aparente religiosidade, mas rejeitam o principal, a verdade, e se aferram a coisas senão secundária, pelo menos de pouco valor.

Como exemplo disso podemos citar o caso da assepsia das mãos antes da refeição, que alguns judeus tiveram a petulância de reivindicar de Jesus para que seus discípulos observassem, cumprindo a tradição dos anciãos. Esse cuidado ainda hoje é requerido na sociedade aculturada. Mas essa mesma sociedade não faz o principal, a saber, agradecer a Deus o alimento que lhe foi concedido. Talvez porque julgue que o conseguiu por seus méritos.

Outrossim, aquela sociedade contemporânea de Jesus, também se aspergia quando ia a rua, e era cuidadosa com o lavar de objetos usados para as suas refeições, como jarros e pratos, bem como vestuário e lenços. E deviam reprovar o fato de Jesus ter alimentado a milhares de pessoas servindo-as alimento com as mãos, juntamente com os seus discípulos. Deveriam dizer: “Que falta de higiene!”. Ou: “Que cara porco!”

O apóstolo Paulo, escolhido por Deus para ser o apóstolo dos gentios, o qual foi instruído aos pés de Gamaliel, e outrora pertencente ao judaísmo, numa epístola (carta doutrinária) escrita ao seu filho na fé, Timóteo, diz:

“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,  pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência,  que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade;  pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável,  porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado.” I Tm. 4:1-5.

Observemos que a exigência de abstinência de alimentos criados por Deus, é para que sejam recebidos “com ações de graça” pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade.

Assim, infere-se que há alimentos para infiéis que não conhecem plenamente a verdade, a qual é a lei de Deus, conforme Sl. 119:142, ú.parte.

Mas o versículo quatro tem servido de tropeço para os religiosos indoutos, que imaginam que o povo de Deus pode comer tudo, o que não é verdade, já que isso não seria nem razoável nem racional. E a prova do que dizemos está no versículo cinco que diz:

“Porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado”.

Ora, se é santificado pela palavra de Deus, onde ela se encontra? Onde trata sobre da santificação dos alimentos, a saber, Em Lv. 11 e Dt. 14. Ali temos o ensino sobre alimentos de origem animal, tanto de quadrúpedes, quanto de aves, quanto de peixes. Mas, embora catalogue o que é santo, ainda se faz necessário a oração para a purificação. Pois até a água pode estar impura, razão porque é necessário agradecer por ocasião da sua ingestão (quando for beber).
O texto no qual Jesus declarou que “o que entra não contamina”, não tinha relação com qualidade do alimento, mas quanto a sua sanidade. Pois, na parte final da sua fala, diz: “mas o comer sem lavar as mãos não o contamina.” Mt. 15:20. U.parte.

Assim, o texto que se segue, no qual diz “tornando puro todo alimento” é um acréscimo ou uma interpolação do texto original, como outros acréscimos, que foram feitos de modo intencional pelos escribas modernos, os quais fazem as versões bíblicas segundo as suas conveniências.

E para saber quem é cego espiritualmente, sugerimos a leitura do trabalho que codificamos e intitulamos “Os cegos que veem” publicado em www.recantodasletras.com.br – oliprest (nickname do autor).
oliprest
Enviado por oliprest em 03/01/2015


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr