Muitas vezes um trabalho não pode ser feito por uma só pessoa, senão em conjunto, ou, pelo menos, com outra que possa cooperar para a sua realização. Hoje, com o avanço tecnológico, muito do que antigamente era feito por muitas mãos é feito por robôs ou de modo mecanizado automaticamente. Ainda assim, há tarefas que só à quatro mãos podem ser feitas.

O ser humano tem alcançado tal grau de desenvolvimento que até as mãos vão sendo substituídas por máquinas e até voz. Esta já é usada para comandar até computador e avião. Mas não cremos que elas serão substituídas, apenas poupadas de tarefas que sejam insalubres ou perigosas.

Apesar de tudo, queremos falar no aspecto simbólico. De parceria.  

Deus, já que autossuficiente e poderoso, poderia, desde o início da existência do ser humano, ter feito tudo automático ou lhe fornecido equipamentos que fizessem todo o trabalho dele sem que ele precisasse se agastar ou extenuar. Mas disse-lhe que com o suor do seu rosto ele comeria o seu pão. E o rosto não soa se não houver labor, trabalho, o que, na maioria das vezes, é feito com as mãos.

Deus também poderia mandar os seus anjos para realizar a tarefa de divulgar o evangelho para a salvação do homem caído, mas confiou essa tarefa à sua igreja ou aos seus filhos.

E, para isso, deu-lhes instruções sobre o modo de como fazê-lo. Apesar disso ele não lhes força, apesar de que pode lhes esforçar.

Assim, a igreja de Deus, no projeto de resgate do homem caído, é parceira e coadjutora.

Mas, para isso, é preciso que haja engajamento de todos, com a justa operação de cada parte. A saber, da mão, que é o que contribui; dos pés, que são os que anunciam as boas novas de salvação; do olho, que é o vidente ou profeta,  enfim, de todos, com suas mãos estendidas e prontas na execução da obra que lhes fora confiada.

Portanto, as mãos que ainda não cooperam mas que estão como do homem da mão mirrada, devem se estender a fim de serem restauradas, como fez Jesus com um varão que tinha uma das mãos atrofiada ao tempo em que aqui esteve.

Estenda as suas mãos e coopere com o mestre na sua obra. Trabalhemos à quatro mãos, as nossas e as dele. Estas já estão estendidas; estendamos as nossas e lancemos mãos ao arado, semeando a semente, a palavra de Deus, e colhendo os frutos, almas para o seu reino.