Tu te foste
Como o feixe de trigo
Recolhida foste
Oxalá eu fosse contigo

Considero-te feliz
Pois avisada foste
E foste como Ele quis
Não importa como foste

Uma mãe pra mim foste
A segunda que conheci
Também pra outros foste
Muitos filhos lembram de ti

Oxalá que contigo eu fosse
Mas o tempo não chegou
Que seria de alguns se eu fosse?
Das ovelhas sem pastor?

Ainda que te foste
Sinto-me ligado a ti
Pois o espírito é o mesmo
Que permanece vivo em mim

Não choro tua partida
Alegro-me até em saber
Tua coroa está garantida
Não tenho dúvidas, irás receber!

Bem-aventurados os que dormem
Que desde agora dormem no Senhor
Que suas obras os acompanhem
Da tribulação Deus os guardou

Completa está tua obra
Cedo virá a recompensa
Teu nome está na história
Breve soará a trombeta

Voluntária serva foste
Vaso precioso do Senhor
Ouvirás: “no pouco fiel foste
Entra no gozo do Senhor”

Lamento que não nos conheceremos
Pois não haverá recordação
Melhor será que feliz seremos
Nada mais daqui se lembrará

Estás descansando
Enquanto eu ainda labuto
Para fazer o que está faltando
E ter o mesmo galardão: de justo

Uma dedicatória em memória
da saudosa Diaconisa da IAP, Agripina de Paula
Por Oli de S Prestes