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RADICALISMO DOS JUDEUS
Entre os judeus da palestina, há os que, como gentios, insistem na sua religiosidade, embora ela seja contrária à sã doutrina de Deus. Esses, a exemplo dos contemporâneos de Jesus, seguem cega e obstinadamente os costumes e tradições herdadas dos seus pais, embora elas não tenham suporte bíblico no cânon sagrado. Qual a finalidade deles e disso, e qual o fim já previsto para eles? Vejamos!

A fim de consubstanciar a tese que proporemos, vamos citar um texto de João:

“Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença.  E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.  É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.  Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.  Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego,  dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo. Então, os vizinhos e os que dantes o conheciam de vista, como mendigo, perguntavam: Não é este o que estava assentado pedindo esmolas?  Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se parece com ele. Ele mesmo, porém, dizia: Sou eu.  Perguntaram-lhe, pois: Como te foram abertos os olhos?  Respondeu ele: O homem chamado Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, lavei-me e estou vendo.  Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respondeu: Não sei. Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora cego.  E era sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos.  Então, os fariseus, por sua vez, lhe perguntaram como chegara a ver; ao que lhes respondeu: Aplicou lodo aos meus olhos, lavei-me e estou vendo.  Por isso, alguns dos fariseus diziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tamanhos sinais? E houve dissensão entre eles.  De novo, perguntaram ao cego: Que dizes tu a respeito dele, visto que te abriu os olhos? Que é profeta, respondeu ele.  Não acreditaram os judeus que ele fora cego e que agora via, enquanto não lhe chamaram os pais  e os interrogaram: É este o vosso filho, de quem dizeis que nasceu cego? Como, pois, vê agora?  Então, os pais responderam: Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego;  mas não sabemos como vê agora; ou quem lhe abriu os olhos também não sabemos. Perguntai a ele, idade tem; falará de si mesmo.  Isto disseram seus pais porque estavam com medo dos judeus; pois estes já haviam assentado que, se alguém confessasse ser Jesus o Cristo, fosse expulso da sinagoga.  Por isso, é que disseram os pais: Ele idade tem, interrogai-o.  Então, chamaram, pela segunda vez, o homem que fora cego e lhe disseram: Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador.  Ele retrucou: Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo.  Perguntaram-lhe, pois: Que te fez ele? como te abriu os olhos?  Ele lhes respondeu: Já vo-lo disse, e não atendestes; por que quereis ouvir outra vez? Porventura, quereis vós também tornar-vos seus discípulos?  Então, o injuriaram e lhe disseram: Discípulo dele és tu; mas nós somos discípulos de Moisés.  Sabemos que Deus falou a Moisés; mas este nem sabemos donde é.  Respondeu-lhes o homem: Nisto é de estranhar que vós não saibais donde ele é, e, contudo, me abriu os olhos.  Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende.  Desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença.  Se este homem não fosse de Deus, nada poderia ter feito.  Mas eles retrucaram: Tu és nascido todo em pecado e nos ensinas a nós? E o expulsaram.” Jo. 9:1 a 34.

Esse texto narra um fato que podemos considerar fantástico. Porque, como disse o que fora cego, “desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença”. V. 32.

Ora, quando alguém faz algo considerado fantástico, como Jesus fizera abrindo os olhos a um cego de nascença, é natural que cause admiração, mas é natural também que as pessoas que viram o feito considerem o seu feitor extraordinário e até sobrenatural mesmo. Mas a inveja e despeita dos religiosos contemporâneos de Jesus e do cego, os moveu a querer uma explicação para o fato. Assim, os que ouviram e viram ao que antes fora cego, o levaram aos fariseus, facção do judaísmo daquela época. E estes inquiriram do que fora cego como aconteceu o fato. Mas por ser um ato que nunca se ouviu ter acontecido, mandaram chamar aos pais do que fora cego e inquiriram deles também se aquele era o seu filho que dizia ter sido cego. Os pais deste confirmaram que era seu filho e que havia nascido cego, mas que não sabiam como via. Mas que como tinha idade para falar por si mesmo, que perguntassem a ele; o que os fariseus fizeram, tendo recebido não só a resposta mas algumas considerações feitas pelo que fora cego. Como:  “Nisto é de estranhar que vós não saibais donde ele é, e, contudo, me abriu os olhos.  Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende.  Desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se este homem não fosse de Deus, nada poderia ter feito.”  Jo. 9:30 a 33.

À semelhança dos judeus religiosos do tempo de Jesus, hoje os que seguem o judaísmo também se comportam. Pois, como diz um texto bíblico falado por Jesus, naquele tempo eles oravam em pé nas sinagogas e esquinas (Mt. 6:5), recebiam ovação quando faziam alguma beneficência Mt. 6:2) e honravam uns aos outros (Jo. 5:14).  
Mas qual a razão porque aqueles judeus não entendiam a linguagem de Jesus? Veja:

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos;  e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.  Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres?  Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.  O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não está em vós. Eu falo das coisas que vi junto de meu Pai; vós, porém, fazeis o que vistes em vosso pai.  Então, lhe responderam: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão.  Mas agora procurais matar-me, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus; assim não procedeu Abraão.  Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe eles: Nós não somos bastardos; temos um pai, que é Deus.  Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.  Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra.  Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.  Mas, porque eu digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes? Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus. Responderam, pois, os judeus e lhe disseram: Porventura, não temos razão em dizer que és samaritano e tens demônio? Replicou Jesus: Eu não tenho demônio; pelo contrário, honro a meu Pai, e vós me desonrais.  Eu não procuro a minha própria glória; há quem a busque e julgue. Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente.  Disseram-lhe os judeus: Agora, estamos certos de que tens demônio. Abraão morreu, e também os profetas, e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, não provará a morte, eternamente.  És maior do que Abraão, o nosso pai, que morreu? Também os profetas morreram. Quem, pois, te fazes ser? Respondeu Jesus: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai, o qual vós dizeis que é vosso Deus. Entretanto, vós não o tendes conhecido; eu, porém, o conheço. Se eu disser que não o conheço, serei como vós: mentiroso; mas eu o conheço e guardo a sua palavra. Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se.  Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos e viste Abraão? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU. Então, pegaram em pedras para atirarem nele; mas Jesus se ocultou e saiu do templo.” Jo. 8:31 a 59.

Mas eles não eram religiosos e estudiosos da bíblia? Como eles não conheciam a palavra de Deus e a verdade (a lei de Deus)?

É porque eles não obedeciam a palavra de Deus, a qual é a verdade ou a sua lei. (Sl. 119:160. 151, 142). Esse era o motivo porque eles não entendiam a linguagem de Jesus. Pois essa é uma das condições propostas por Deus para se entender as coisas espirituais. (Cfe. Pv. 2:1 a 5).

E assim como Jesus falava “a verdade”, que corresponde à lei de Deus (cfe. Sl. 119:142), nós também temos falado. Mas aqueles a quem primeiro foram confiadas as promessas, e ensinado os ritos e o culto a Deus, se têm ensoberbecido e mudado tanto os dogmas do cânon sagrado como o modo de cultuá-lo, rejeitando aquilo que falamos.

Um exemplo não bíblico de pretender cultuar a Deus e exercitado pelos judeus do judaísmo é o de se movimentar para frente e para trás como quem reverencia a algo ou a alguém. E impressiona-me o fato de os seus seguidores exercitarem essa prática não bíblica, e não fazerem como ela ensina: orar de joelhos. E isso é raro nas igrejas tidas como cristãs, que já só oram em pé à semelhança dos seguidores do judaísmo, os quais até dizem que não se deve ajoelhar, coisa que Jesus sempre fazia quando orava. E veja qual o fim deles.

“Passava Jesus por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém lhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos?  Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão. Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos responderá: Não sei donde sois. Então, direis: Comíamos e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas ruas. Mas ele vos dirá: Não sei donde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais iniquidades. Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes, no reino de Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas, mas vós, lançados fora.” Lc. 13: 22 a 28.

Essa obstinação é causa e efeito da rejeição à palavra de Deus, a sua lei, tanto pelos judeus, ortodoxos quanto evangélicos.
Oriximiná(PA), 30/05/2015
Por Oli Prestes
Missionário
oliprest
Enviado por oliprest em 30/05/2015
Alterado em 13/07/2019


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