Em um deus meio bonzinho
Muito menos complacente
Que tem cara de mocinho
Ou com jeito de doente

Em um deus igual a homens
Parecido com humanos
Ou num que bebe e come
Que age como insanos

Em um deus feito de pau
E pintado de azul
Como se fosse meu igual
Ou semelhante a um bruto

Creio num Deus diferente
E terrível de aspecto
Que não é igual à gente
Mas que é justo e correto

Num Deus que tem palavra
Que tem vontade e tem poder
Que não olha para cara
Que faz tudo que lhe aprouver

Que não atenta a um por ser rico
Nem despreza a outro por ser pobre
Que tudo trará à juízo
E que julgará ao vil e ao nobre

Que julgará toda obra
Quer seja boa quer seja má
A uns dará coroa de glória
E a outros morte eterna dará

Creio num Deus compassivo
Misericordioso e bom
Num Deus justo e benigno
Mas que não pactua com

Quem se opõe ao bem
Seja furto seja fraude
Nem com mentira também
De pastor e de padre

Creio num Deus que tudo vê
E que não precisa que lhe carreguem
Num Deus que tudo provê
E que as nuvens estabelece.

Oli Prestes
Missionário