A DEMOCRACIA E SUAS CONTRADIÇÕES
Porventura o poder deve emanar do povo como propõe a teoria política da democracia? Todo poder não emana de Deus? Deve prevalecer a vontade popular? A voz do povo é a voz de Deus? Vejamos:
No regime político-democrático, todo poder emana do povo. Mas esse poder é delegado aos seus representantes políticos nas pessoas dos vereadores, prefeitos, governadores e deputados estaduais, deputados federais e senadores bem como o presidente da república. Eles são eleitos por voto popular direto.
Mas, como já tem sido evidenciado, o resultado das eleições são passíveis de serem fraudadas. E isso tem ocorrido desde o tempo do voto feito através da cédula impressa até o das urnas eletrônicas, hoje em curso no Brasil. O escrutínio popular ou o voto secreto parece ser um modo de mostrar integridade na sua realização procurando transmitir segurança e confiança ao povo. Mas até onde é possível confiar nela? Devemos confiar no sistema até que seja provado a sua passividade a fraude ou desconfiar até que seja provado a sua eficiência?
Todo engenho produzido pelo ser humano tem dois viés um para bem e outro para mal. A descoberta dos elementos radioativos teve significativa notoriedade nos meios científicos quando da sua descoberta. Talvez, à época, se pensou no fato como a abertura de novas fronteiras para um sem números de utilidades em benefício do ser humano. Mas a primeira grande ocorrência, a qual ocasionou impacto mundial foi a destruição de duas cidades japonesas por ocasião da segunda grande guerra mundial. Nelas foram mortas centenas de milhares de pessoas pela explosão de dois artefatos ou ogivas.
Não fazemos apologia à guerra, mas é teoria aceita até pelos que sofreram perdas quando e por conta das explosões das bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, que a ocorrência teve um impacto menor do que a que haveria se a guerra houvesse continuado. Muito mais vidas teriam sido perdidas.
Voltando ao tema principal, é necessário que se atente para o fato de que um texto das Sagradas Escrituras diz que não há autoridade que não seja de procedência divina. E isso tem levado aos que detêm o poder, a reivindicar direitos que extrapolam os limites da razoabilidade sobre os que lhes elegeram, bem como de fazer com que muitos se acomodem e não reivindiquem o cancelamento do mandato dado nas urnas, usando para isso ações civis públicas, invocando o direito que tem também de rejeitar aquele que não honrou com a confiança que lhe foi depositada. Sem querer polemizar, entendo que o texto bíblico não quer dizer o que alguns propõem.
Para não ser prolixo, gostaria de sugerir leitura do meu texto “A voz do Povo e a voz de Deus”, em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/597900.
Vamos citar apenas uma ocorrência para contestar o jargão popular de que a voz do povo é a voz de Deus. O povo tido como o povo de Deus (judeus) pediu a morte de Jesus e a libertação de um malfeitor por nome Barrabas. Assim, se o povo de Deus não teve discernimento para reconhecer o seu Deus, o qual fez inúmeros milagres e prodígios as suas vistas, quanto mais o povo gentio (pagão ou bárbaro), que é totalmente cego, porque não conhece ou não obedece a lei de Deus.
No Brasil, devido a presidente da república ter sido eleita pela maioria(?) por voto popular – se é que não houve fraude nas urnas, embora seja patente o estelionato eleitoral, ela se sentiu autorizada para perdoar mais de oitocentos milhões de dólares devidos por governos déspotas africanos sem consultar nem aos representantes do povo nas duas casas legislativas – Câmara dos Deputados Federais e Senado da República – nem consultar o povo através de plebiscito.
Se o povo – digo a maioria dele – fosse entendido e tivesse discernimento político, não teria votado e eleito vários políticos ficha suja como um senador pelo Estado do Pará que fraudou a Sudam e os acionistas do Banpará. E ações como essa para esses políticos servem como argumento de que o povo o inocentou.
Existem dezenas de políticos ficha suja nas duas casas legislativas, cumprindo tranquilo os seus mandatos. E por que não foram afastados por seus pares? Por que os demais não se levantam contra eles se é que são justos? Não seria por medo de também terem suas ações descobertas pelos que são acusados?
Os governos deveriam ser teocráticos, como aconteceu na escolha de Davi e Salomão. Porque quando o povo quer do seu modo, Deus concede, embora conceda um rei como foi Saul, o qual Deus elegeu na sua ira e retirou no seu furor. Pois o povo tem o governo que merece, pede e elege.
Pense nisso, as eleições virão novamente.
Manaus-AM, 22/10/2015
oliprest
Enviado por oliprest em 23/10/2015