Na arca com Noé
Nada obstante o caso de Noé, o dilúvio e a arca parecer assunto recorrente, vamos enfocar, neste texto, algumas coisas que não tem sido levada em consideração nos muitos trabalhos que tem sido produzido por modo midiático, como filmes e vídeos. Dentre essas coisas, os tempos e as ações de Deus na ocorrência do dilúvio. Mas, houve ou não o tão divulgado dilúvio bíblico? Vejamos:
Hoje, com os meios científicos disponíveis, muitos estudiosos se tem dedicado a desvendar fatos registrados nas Sagradas Escrituras, a bíblia. Além disso, e como estava previsto no livro de Daniel, ela tem sido esquadrinhada. Cada dia detalhes vão sendo destacados, ora como argumento em favor de Deus, pelos fiéis, ora como tese em favor dos duvidosos ou incrédulos.
E para que possamos também detalhar o que propomos, vamos reproduzir o texto bíblico atinente ao tema.
“A terra estava corrompida diante de Deus, e cheia de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne tinha corrompido o seu caminho sobre a terra. Disse Deus a Noé: Hei resolvido dar cabo de toda a carne, porque a terra está cheia da violência dos homens: eis que eu os farei perecer juntamente com a terra. Faze para ti uma arca de madeira de gofer: compartimentos farás na arca, e untá-la-ás com betume por dentro e por fora. Desta maneira a farás: o comprimento da arca será de trezentos cúbitos, a sua largura de cinquenta e a sua altura de trinta. Farás para a arca uma janela, e lhe darás um cúbito de alto; a porta da arca porás no seu lado: fala-ás com andares, um embaixo, um segundo e um terceiro. Eis que eu vou trazer o dilúvio de águas sobre a terra, para fazer perecer de debaixo do céu toda a carne, em que há o espírito de vida; tudo o que há na terra morrerá. Porém contigo estabelecerei a minha aliança; entrarás na arca, tu com teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos. De tudo o que vive de toda a carne, dois de cada espécie farás entrar na arca, para os conservar vivos contigo; macho e fêmea serão. Das aves segundo as suas espécies, do gado segundo as suas espécies, e de todo o réptil da terra segundo as suas espécies, dois de cada espécie virão a ti, para os conservares em vida. Leva contigo de tudo o que se come, e ajunta-o para ti; ser-te-á para alimento a ti e a eles. Assim fez Noé; segundo tudo o que Deus lhe ordenou, assim o fez.” Gn. 6:11 a 22.
Conforme o site http://www.oucaapalavradosenhor.com/2012/05/covado-ou-cubito-sabe-o-que-e-isso.html, o cúbito babilônico é equivalente a 20,65 ou 21,26 polegadas inglesas, igual a 0,56 e 0,58 centímetros respectivamente do nosso padrão métrico de medida, o qual usaremos para converter ao padrão atual as medidas da arca.
Portanto, considerando as medidas mencionadas e tomando o maior valor delas, a arca deveria ter 174 metros de comprimento, 29 de largura e 17,4 centímetros de altura. O material usado para a sua confecção foi madeira de gofer, espécie de madeira sobre a qual não há consenso entre os entendidos em linguística. Apesar disso, o que poderia ser de relevância se também pudéssemos calcular também a capacidade em toneladas da arca e tudo o que ela comportou de alimento para os humanos, em número de oito, e os animais, cujo número e peso é impossível calcular, e o tempo que durou a permanência deles na arca.
Como os animais foram trazidos pelo próprio Deus para a arca, eles vieram na ordem necessária ao equilíbrio da sua flutuabilidade e foram alojados nos andares, primeiro, segundo e terceiro, segundo o seu peso, altura e mobilidade. Cabe ressaltar que os animais que vieram para a arca foram dos que habitam a terra, porção seca, os quais eram passíveis de perecer no dilúvio.
Outrossim, eles vieram de par em par, macho e fêmea. Dos limpos, sete pares, dos imundos um par. Donde se infere que já àquela época havia consciência do que é considerado limpo por Deus e o que não é.
É possível que, por questão de lógica, os animais que vieram a Noé fossem animais juvenis, os quais tem menor peso e também não tem idade para procriar, o que evitou disputa entre eles, apesar de que ali Deus deve ter intervido para que os animais não manifestassem o caráter manifesto hoje como consequência do pecado, ou seja, o de predador nato.
Assim, não houve necessidade de alojar animais adultos e excessivamente pesados, como elefante, hipopótamo e rinoceronte, além de leão, tigre, búfalo e girafa. Até porque, dos animais limpos, como o búfalo, era sete pares.
Vejamos outro texto o qual fala sobre o tempo em que ocorreu o cataclismo.
“Disse o SENHOR a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração. De todo animal limpo levarás contigo sete pares: o macho e sua fêmea; mas dos animais imundos, um par: o macho e sua fêmea. Também das aves dos céus, sete pares: macho e fêmea; para se conservar a semente sobre a face da terra. Porque, daqui a sete dias, farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites; e da superfície da terra exterminarei todos os seres que fiz. E tudo fez Noé, segundo o SENHOR lhe ordenara. Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando as águas do dilúvio inundaram a terra. Por causa das águas do dilúvio, entrou Noé na arca, ele com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos. Dos animais limpos, e dos animais imundos, e das aves, e de todo réptil sobre a terra, entraram para Noé, na arca, de dois em dois, macho e fêmea, como Deus lhe ordenara. E aconteceu que, depois de sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio. No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram, e houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites. Nesse mesmo dia entraram na arca Noé, seus filhos Sem, Cam e Jafé, sua mulher e as mulheres de seus filhos; eles, e todos os animais segundo as suas espécies, todo gado segundo as suas espécies, todos os répteis que rastejam sobre a terra segundo as suas espécies, todas as aves segundo as suas espécies, todos os pássaros e tudo o que tem asa. De toda carne, em que havia fôlego de vida, entraram de dois em dois para Noé na arca; eram macho e fêmea os que entraram de toda carne, como Deus lhe havia ordenado; e o SENHOR fechou a porta após ele. Durou o dilúvio quarenta dias sobre a terra; cresceram as águas e levantaram a arca de sobre a terra. Predominaram as águas e cresceram sobremodo na terra; a arca, porém, vogava sobre as águas. Prevaleceram as águas excessivamente sobre a terra e cobriram todos os altos montes que havia debaixo do céu. Quinze côvados acima deles prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos. Pereceu toda carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de animais domésticos e animais selváticos, e de todos os enxames de criaturas que povoam a terra, e todo homem. Tudo o que tinha fôlego de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu. Assim, foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra; o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus foram extintos da terra; ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca. E as águas durante cento e cinquenta dias predominaram sobre a terra.” Gn. 7.
Considerando que Noé tinha seiscentos anos, um mês e dez dias quando o dilúvio veio sobre a terra (pois o dilúvio começou no ano seiscentos e um, no segundo mês, no décimo dia), e que ele ficou sete dias recluso na arca antes que começasse a chover, e que ele só saiu depois que a terra estava seca – dia vinte e sete do segundo mês do ano seiscentos e um – então a permanência dele na arca foi de um ano e dezessete dias.
Esse período deve ter sido de muita atividade na arca, já que Noé tinha que alimentar os animais, exceto no dia de descanso determinado por Deus, o sábado. Também foi um período de apreensão, já que Noé não sabia quanto tempo o dilúvio deveria durar. E conviver com o mau cheiro produzido pelos excrementos de toda a bicharada não deve ter sido nada agradável, embora fizesse parte do plano. Deus mandou que Noé fizesse três níveis na arca, e é possível que eles houvessem sido alojados no terceiro convés, local onde deve ter ficado também os pássaros. Mas isso não os isentava de ter de conviver com o mal cheiro produzido pelos excrementos dos herbívoros alojados no primeiro convés ou porão.
Somente oito pessoas para cuidar de um zoo tão grande e com tantos animais comilões, deve ter sido tarefa assaz difícil. Mas nada que não fosse possível administrar, já que Deus não daria uma tarefa que não fosse possível realizar. Mas difícil ainda foi depois que eles saíram da arca, por não haver uma boa casa lhes esperando, nem os trastes comuns necessários as suas lidas. Tiveram que recomeçar do zero.
Muitos achados arqueológicos fossilizados comprovam que houve o dilúvio bíblico.
Se Deus não poupou os demais contemporâneos de Noé, mesmo seus parentes próximos, como também não tem poupado muitos povos e cidades que tem sido exterminadas de modos diversos, por tsunamis, tornados e vulcões, como poupará os povos que hoje tem desprezado a sua graça e misericórdia?
Oriximiná-PA, 07/11/2015
Por Oli Prestes
Missionário
oliprest
Enviado por oliprest em 12/11/2015
Alterado em 22/05/2017