A PROVA DO VELO

Que eu poderia dizer
Se tudo já fora dito
O que eu posso fazer
Senão apenas traduzir

Mas o querer e o efetuar
São coisas que vêm do Pai
Tudo que o filho realiza
É por Ele que se faz

Cuida de mim com teu amor
Inclinando o meu coração
Cumpre em mim o teu favor
Tomando-me com a tua mão

Guarda-me dos laços
Dando-me teu bom Espírito
Sustem-me com os teus braços
E livrando-me do vil inimigo

E dirige os meus passos
Pela vereda da justiça
Livrando-me dos embaraços
Levantando a minha cabeça

Dá-me lábios eruditos
Habilitando-me para pregar
Dando-me que seja intrépido
Como o Leão da tribo de Judá

E que eu seja resoluto
Voluntarioso e destemido
Intrépido como o justo
Mas singelo e submisso

Já não sou meu
Pois me compraste
O preço foi o sangue teu
Com o qual me resgataste

E já que me nomeaste
Envia-me a mim
A clamar em altas vozes
Por todos os confins

Mostrando ao teu povo
A sua transgressão
Ajuntando-o de novo
Antes da “grande tribulação”.

Quero um sinal
De que me tens aceito
Farei como Jerubaal
Porei ao relento um velo

Quero encontrá-lo seco
E ao redor molhado
Então será confirmado
Que firme está o decretado.