Escapa pela tua vida
Há momentos nesta vida que precisamos deixar tudo para trás a fim de escaparmos com vida, como fez Ló antes da destruição de Sodoma e Gomorra. Em que circunstâncias devemos tomar atitudes semelhantes? Ló escapou com vida, Noé também. E nós?
Há quem queira poupar a sua vida, embora não queira aceitar que é preciso deixar aquilo que não é possível levar por ocasião do escape. E pode ser bens materiais, animais de estimação e até familiares mesmo, como filhos e cônjuges.
Por ocasião do episódio relativo à destruição de Sodoma e Gomorra, os anjos que foram ver se era conforme o clamor que chegou até o céu, chegaram ao fim do dia à cidade onde Ló morava, e à noite deram o aviso de que a cidade seria destruída. É possível que Ló tenha começado a arrumar a sua “mudança” ou os seus bens, os quais lhes seriam necessários aonde quer que ele fosse. Para Ló esses bens deveriam ser importantes. Mas os anjos lhe inquiriram dele se ele não tinha mais alguém na cidade, como os seus genros, os quais deveriam casar com as filhas dele. E Ló foi até eles, os quais, ao aviso de que a cidade seria destruída, acharam que Ló “estava de brincadeira”. Assim, não lhe deram crédito. Antes do nascer do dia os anjos apertaram com Ló e o tomaram pela mão e disseram “escapa pela tua vida”, e retiraram Ló, sua esposa e suas duas filhas para fora da cidade, dizendo-lhes que não olhassem para trás. Conforme a narrativa bíblica, a sua mulher olhou para trás e ficou transformada em uma estátua de sal. Gn. 19:1-26.
É possível que Ló fosse um homem rico. Pois, quando ele ainda estava convivendo com Abraão, seu tio, houve contenda entre os pastores do rebanho de um com os pastores do rebanho do outro, devido a disputa por pastagens, pois os seus rebanhos eram grandes. Por essa razão Abraão sugeriu a Ló que se apartassem, dando a Ló o privilégio de escolher para onde queria ir. Ló escolheu as campinas do Jordão, as quais lhe pareceram vistosas devido a abundancia de passagens. Naquela época a riqueza dos homens eram contadas pelos rebanhos que possuíssem, conforme se depreende dos registros bíblicos. Então Ló deveria ser um homem “abastado”, como se dizia à bem pouco tempo aqui por essas bandas do Brasil. Mas a decisão de Deus tinha tempo e se sobrepunha a coisas materiais, ainda que elas pudessem ser consideradas de importância para Ló.
Aqui ali, em notícias na mídia televisiva, vemos casos de pessoas que perderam a vida por terem se detido e/ou voltado para apanhar algo ou algum animal de estimação quando da ocorrência de alguma catástrofe, como enchentes, incêndios, etc., ou por ter tentado salvar a algum familiar que estava susceptível de perecer na ocorrência.
Embora os bens materiais sejam possíveis de serem obtidos, é comum se ver pessoas lamentando a perda deles nessas ocorrências, e dizendo “toda uma vida perdida”, referindo-se aos bens que perderam.
Jó, por ocasião do infortúnio que teve com a perda dos bens materiais e dos seus dez filhos, disse: “Deus deu e Deus tirou, louvado seja o nome do Senhor. Ele adorou a Deus e não o acusou por isso, apesar daquela que era a sua esposa à época o ter incitado a se rebelar com Deus. Ele, Jó, não a chamou de louca, mas disse que como as loucas falavam, assim ela falava.
Deus tem nos avisado sobre a destruição de uma cidade do nosso Estado, e dito que vai retirar dela aqueles que ele ama. O aviso foi dado com muita antecedência, com tempo suficiente para que, aqueles que receberam o aviso, se desfaçam de coisas que podem ser vendidas e convertidas em espécie, a fim de obter outras em outro lugar.
Portanto, se alguém também sabe dessa ocorrência, que faça o que pode ser feito, a fim de não ter grande perda. Mas não se apegue a coisinhas, nem a alguém, olhando para o que fica, a fim de escapar por sua vida.
Por Oli Prestes
Missionário
oliprest
Enviado por oliprest em 11/06/2016