Quem navega com você?

Muitos se aventuram em mar aberto, outros em mar calmo, e outros em mares revoltos. Mas quem nos pode acompanhar nessa navegação, ou melhor, quem você convidaria para acompanhá-lo? Quem voltará ao porto em segurança?

Esta vida é considerada como um mar, onde viajamos em uma embarcação. Esta pode ser um transatlântico, ou um pequeno barco, ou uma canoa, ou até mesmo uma jangada. E quem vai de cruzeiro pode pensar que por isso esteja seguro, por causa do seu poder aquisitivo e econômico financeiro, ou mesmo por causa do tamanho do navio. Assim, viaja em mar aberto, aproveita as companhias dos que estão no mesmo navio e com quem embarcou, e não se preocupa tanto, embora a sua vida possa estar por um fio, já que ela depende de fatores alheios à sua vontade e até do capitão do navio, o qual pode ser como o que foi responsável pelo naufrágio ocorrido na Itália a pouco tempo, e que resultou na morte de alguns passageiros. Também, mesmo em mar aberto, há os que aproveitam para descansar, relaxar, dormir. Pois, para isso fazem essa viagem, já que “vida boa não requer pressa”.

Quem viaja em um barco pequeno, dificilmente se aventura em mar aberto, embora haja quem o faça. Também faz trajeto mais curto e tem menos despesas ou gasto, embora que isso seja relativo e dependa do poder aquisitivo de cada um.

E há os que gostem de aventuras e prefira se fazer ao mar como um imortal, arriscando-se em mar revolto, em pequenas embarcações ou preferindo longas travessias, com o objetivo de testar ou provar as suas forças e/ou habilidade e adquirir fama e glória, como o iatista Grael, que cruzou o oceano atlântico num caiaque.

Mas há os que navegam na rede da Web semelhante aos que navegam nas águas, seja de rios, seja de mares.

Assim, uns gostam de tranquilidade, outros de mar revolto. E alguns, como Grael, gostam de fazer grandes travessias solitárias, outros acompanhados virtualmente, para idealizar travessuras factuais e também fatídicas.

Muitos abrem mão das companhias  físicas para se fazer acompanhar de virtuais, por causa da ausência de dever, como fuga da realidade.

Navegar nesta vida é preciso. E na web? Quem são seus pares nela? Chegarás em segurança ao porto de destino ou de retorno? Quem se aventurar em mar revolto ou de lama poderá não retornar ou escapar de naufragar. Você permitiria a alguém saber o seu roteiro nessa navegação? Gostaria que Deus estivesse sempre nessa viagem?


Manaus-Am, 19/06/2016.
Aportando no cais do porto.
Oli Prestes