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DEUS NÃO PERDOA
Temos conhecimento do pensamento generalizado que domina o mundo daqueles que se dizem cristãos, de que se nós pecarmos basta pedir perdão a Deus que ele perdoa. Da mesma forma também temos ouvido daqueles que se dizem os arautos do Rei Jesus, que o Espírito dele, o Espírito Santo, está em você, etc. e tal. Será assim? Vamos verificar.

O mundo é cheio de conceitos e preconceitos. Cada um formula as suas teorias, equações e fórmulas para suas vidas e para as vidas dos outros, prendendo ainda mais aqueles que já estavam enlaçados e presos por doutrinas várias criadas pelos homens. Muitos, nada obstante estarem sem Deus no mundo, reivindicam a filiação a ele, e prometem essa filiação àqueles que lhes seguirem. O momento em que vivemos é de tal cegueira que o mundo banalizou Deus. Seus deuses são imaginários, criados por eles mesmos, e colocados em lugar onde são qual vaca de presépio, que só fazem balançar a cabeça no mesmo sentido, e que parece ser sempre o da concordância. Mas pelas Sagradas Escrituras, tomadas por esses mesmos formuladores de teoremas, a verdade é bem outra.

Não obstante Jesus ser tido como o Deus encarnado e a manifestação do amor de Deus para com os homens, quando aqui ele esteve não foi uma nem duas vezes que ele manifestou os seus ensinos já dantemão revelados através do seu Santo Espírito, e manifestos nas Sagradas Escrituras escritas pelos santos homens e profetas.

Assim, em certa ocasião, ele disse:

Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós. Eu falo do que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai. Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isto. Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, pois: Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é Deus. Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra. Jo. 8:37- 43.

E acrescentou:

Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. Jo. 8:44.

E hoje não é diferente. Todos querem ser filhos de Deus, ainda que muitos insistam em rejeitar as condições impostas por Deus mesmo para isso.

Não vamos nos alongar demais para não sermos maçantes. E para não termos que reprisar aquilo sobre o qual já temos discorrido, recomendamos a leitura do artigo que codificamos com o título “A Verdade de Deus”, bem como o questionário com o mesmo título, e encartado no trabalho que codificamos com o título “A Lei Perfeita”. Lá o leitor vai encontrar a elucidação do que é a verdade de Deus, com muitas e insofismáveis provas.

João escreveu as palavras de Jesus, que disse:

"Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito." Jo. 15:1...

Outrossim, na epístola universal de João está escrito:

"E aquele que guarda os seus mandamentos está em Deus e Deus nele. E nisto conhecemos que estamos nele e que nos tem dado o seu Espírito." I Jo. 3:24.

Assim, Deus só está naqueles que guardam os seus mandamentos, que os representa, e que são como ele próprio: santos.

Quanto ao perdão, diz a Escritura:

"Arrependei-vos e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados." At. 3:19.

Mas o que se vê naqueles que alardeiam a presença de Jesus em si, é que vivem na prática de coisas abomináveis e ainda não se arrependeram das suas vãs maneiras de viver. Adoram tudo o que lhes agrada o coração pervertido, buscam tudo o que agrada aos seus desejos malignos, não sabem o que é arrependimento e conversão, e ainda assim reivindicam a paternidade divina.

No passado, quando Deus constituiu o povo de Israel como uma nação escolhida e povo santo, deu-lhe leis e estatutos. E entre os preceitos dados à época constava: “A alma que pecar, essa alma morrerá”. O pecado pelo qual podia ser oferecido o sacrifício, era o involuntário; mas o voluntário deveria ser extirpado com a morte do transgressor. Veja:

Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:

"Fala aos filhos de Israel, dizendo: Quando uma alma pecar, por ignorância, contra alguns dos mandamentos do Senhor, acerca do que não se deve fazer, e proceder contra algum deles. Se o sacerdote ungido pecar para escândalo do povo, oferecerá ao Senhor, pelo seu pecado, que cometeu, um novilho sem defeito, por expiação do pecado. E trará o novilho à porta da tenda da congregação, perante o Senhor, e porá a sua mão sobre a cabeça do novilho, e degolará o novilho perante o Senhor. Então o sacerdote ungido tomará do sangue do novilho, e o trará à tenda da congregação; e o sacerdote molhará o seu dedo no sangue, e daquele sangue espargirá sete vezes perante o Senhor diante do véu do santuário que está na tenda da congregação; e todo o restante do sangue do novilho derramará à base do altar do holocausto, que está à porta da tenda da congregação. E tirará toda a gordura do novilho da expiação; a gordura que cobre a fressura, e toda a gordura que está sobre a fressura, e os dois rins, e a gordura que está sobre eles, que está junto aos lombos, e o redenho de sobre o fígado, com os rins, tirá-los-á, como se tira do boi do sacrifício pacífico; e o sacerdote os queimará sobre o altar do holocausto. Mas o couro do novilho, e toda a sua carne, com a sua cabeça e as suas pernas, e as suas entranhas, e o seu esterco, enfim, o novilho todo levará fora do arraial a um lugar limpo, onde se lança a cinza, e o queimará com fogo sobre a lenha; onde se lança a cinza se queimará. Mas, se toda a congregação de Israel pecar por ignorância, e o erro for oculto aos olhos do povo, e se fizerem contra alguns dos mandamentos do Senhor, aquilo que não se deve fazer, e forem culpados, e quando o pecado que cometeram for conhecido, então a congregação oferecerá um novilho, por expiação do pecado, e o trará diante da tenda da congregação, e os anciãos da congregação porão as suas mãos sobre a cabeça do novilho perante o Senhor; e degolar-se-á o novilho perante o Senhor. Então o sacerdote ungido trará do sangue do novilho à tenda da congregação, e o sacerdote molhará o seu dedo naquele sangue, e o espargirá sete vezes perante o Senhor, diante do véu. E daquele sangue porá sobre as pontas do altar, que está perante a face do Senhor, na tenda da congregação; e todo o restante do sangue derramará à base do altar do holocausto, que está diante da porta da tenda da congregação. E tirará dele toda a sua gordura, e queimá-la-á sobre o altar; e fará a este novilho, como fez ao novilho da expiação; assim lhe fará, e o sacerdote por eles fará propiciação, e lhes será perdoado o pecado. Depois levará o novilho fora do arraial, e o queimará como queimou o primeiro novilho; é expiação do pecado da congregação. Quando um príncipe pecar, e por ignorância proceder contra algum dos mandamentos do Senhor seu Deus, naquilo que não se deve fazer, e assim for culpado; ou se o pecado que cometeu lhe for notificado, então trará pela sua oferta um bode tirado das cabras, macho sem defeito; e porá a sua mão sobre a cabeça do bode, e o degolará no lugar onde se degola o holocausto, perante a face do Senhor; expiação do pecado é. Depois o sacerdote com o seu dedo tomará do sangue da expiação, e o porá sobre as pontas do altar do holocausto; então o restante do seu sangue derramará à base do altar do holocausto. Também queimará sobre o altar toda a sua gordura como gordura do sacrifício pacífico; assim o sacerdote por ele fará expiação do seu pecado, e lhe será perdoado. E, se qualquer pessoa do povo da terra pecar por ignorância, fazendo contra algum dos mandamentos do Senhor, aquilo que não se deve fazer, e assim for culpada; ou se o pecado que cometeu lhe for notificado, então trará pela sua oferta uma cabra sem defeito, pelo seu pecado que cometeu, e porá a sua mão sobre a cabeça da oferta da expiação do pecado, e a degolará no lugar do holocausto. Depois o sacerdote com o seu dedo tomará do seu sangue, e o porá sobre as pontas do altar do holocausto; e todo o restante do seu sangue derramará à base do altar; e tirará toda a gordura, como se tira a gordura do sacrifício pacífico; e o sacerdote a queimará sobre o altar, por cheiro suave ao Senhor; e o sacerdote fará expiação por ela, e ser-lhe-á perdoado o pecado. Mas, se pela sua oferta trouxer uma cordeira para expiação do pecado, sem defeito trará. E porá a sua mão sobre a cabeça da oferta da expiação do pecado, e a degolará por oferta pelo pecado, no lugar onde se degola o holocausto. Depois o sacerdote com o seu dedo tomará do sangue da expiação do pecado, e o porá sobre as pontas do altar do holocausto; então todo o restante do seu sangue derramará na base do altar. E tirará toda a sua gordura, como se tira a gordura do cordeiro do sacrifício pacífico; e o sacerdote a queimará sobre o altar, em cima das ofertas queimadas do Senhor; assim o sacerdote por ele fará expiação dos seus pecados que cometeu, e ele será perdoado." Lv. 4:1-35.

"E, quando vierdes a errar, e não cumprirdes todos estes mandamentos, que o Senhor falou a Moisés, tudo quanto o Senhor vos tem mandado por intermédio de Moisés, desde o dia que o Senhor ordenou, e dali em diante, nas vossas gerações, será que, quando se fizer alguma coisa por ignorância, e for encoberto aos olhos da congregação, toda a congregação oferecerá um novilho para holocausto em cheiro suave ao Senhor, com a sua oferta de alimentos e libação conforme ao estatuto, e um bode para expiação do pecado. E o sacerdote fará expiação por toda a congregação dos filhos de Israel, e lhes será perdoado, porquanto foi por ignorância; e trouxeram a sua oferta, oferta queimada ao Senhor, e a sua expiação do pecado perante o Senhor, por causa da sua ignorância. Será, pois, perdoado a toda a congregação dos filhos de Israel, e mais ao estrangeiro que peregrina no meio deles, porquanto por ignorância sobreveio a todo o povo. E, se alguma alma pecar por ignorância, para expiação do pecado oferecerá uma cabra de um ano. E o sacerdote fará expiação pela pessoa que pecou, quando pecar por ignorância, perante o Senhor, fazendo expiação por ela, e lhe será perdoado. Para o natural dos filhos de Israel, e para o estrangeiro que no meio deles peregrina, uma mesma lei vos será, para aquele que pecar por ignorância. Mas a pessoa que fizer alguma coisa temerariamente, quer seja dos naturais quer dos estrangeiros, injuria ao Senhor; tal pessoa será extirpada do meio do seu povo. Pois desprezou a palavra do Senhor, e anulou o seu mandamento; totalmente será extirpada aquela pessoa, a sua iniquidade será sobre ela." Nm. 15:22-31.

Mas há quem pense que hoje Deus mudou, nada obstante a escritura dizer que ele não muda, que nele não existe sombra de variação, e que ele é o mesmo, ontem, hoje e eternamente. Ml. 3:6; Tg. 1:17; Hb. 13:8.

É verdade que o apóstolo escreveu que se pecarmos ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos limpar de toda iniquidade. Mas ele diz a condição para isso, veja:

"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor, e envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado." At. 3:19.

"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." I Jo. 1:9.

Desde que o pecado não seja voluntário, veja:

"Porque, se pecarmos voluntariamente depois de termos recebido conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários." Hb.  10:26 e 27.

Ora a verdade é os mandamentos de Deus. Sl. 119:142, ú.parte.

Como vimos, é necessário que haja arrependimento e conversão (mudança), bem como confissão dos pecados a Deus.

Imagine um transgressor da lei humana que foi perdoado pelas autoridades, e volta à pratica das mesmas coisas que praticou e das quais foi perdoado por elas.

Por isso é que colocamos o título. Para chamarmos a atenção daqueles que se interessam pelas coisas espirituais, a fim de saberem que não é possível continuarem praticando o que não convêm a santos, e ainda assim estar em Deus e Deus neles.
oliprest
Enviado por oliprest em 09/08/2007
Alterado em 14/01/2015


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr