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O gigante pela própria natureza
O gigante é só na natureza
Pois seus braços estão inoperantes
As suas pernas cambaleiam
E a sua respiração está ofegante

Ele está como um homem embriagado
Ou talvez como um homem enfermo
Desde a mais alta corte, os magistrados
Até o próprio executivo, o governo

No congresso prevalece o interesse
No Senado, o jogo de comadres
Estão em decadência os poderes
São todos cartolas e compadres

Os seus olhos, os juízes, outrora doutos
Tem visão curta e monetarista
Seus sábios são bem poucos
Ele corre sério risco de vida

Seus lombos, o povo, geme sem redentor
Suas entranhas estão purulentas e fétidas
Um gigante assim não tem valor
Nem para ir a leilão presta

É triste saber que seus filhos o saquearam
E levaram os seus tesouros para "os paraísos"
Só em si mesmos pensaram
Fazendo coisa de gente sem juízo

Oxalá, Deus que não dorme
Ainda atente para o seu estado
E não permita que toda a prole
Do gigante seja devorado.

Oli Prestes
Missionário


oliprest
Enviado por oliprest em 08/09/2017
Alterado em 08/06/2018


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr