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SUJEIÇÃO BENÉFICA

Sujeição e domínio são duas coisas que, via de regra, coexistem. Sendo que a primeira nem sempre voluntariamente. A menos que seja conveniente e/ou propicie benefícios para quem é sujeito ou submisso. A sujeição pode até agradar a quem é sujeitado, quando essa sujeição lhe propicia alguma retribuição ou recompensa, ainda que essa sujeição nem sempre seja racional, nem sempre seja lícita, nem sempre seja justa, nem sempre seja prazerosa, ou nem sempre seja salutar.

A sujeição pode ser obrigatória ou expontânea. É obrigatória quando o dominador impõe a sujeição ao dominado, e lhe dita as regras de proceder, quase sempre ou sempre para atender aos interesses do dominador. Pode haver conivência e submissão expontânea do dominado se as regras impostas pelo dominador lhe são favoráveis ou lhe propiciam vantagens ou lhe são convenientes, mesmo temporariamente.

Um empregado se submete ao patrão nem sempre com alegria ou prazer, mas por necessidade e conveniência; nem sempre vê nele a “galinha dos ovos de ouro”, mas o “granjeiro”. Ou seja, não pensa que no bem do patrão está o seu próprio bem, mas que o patrão só lhe serve porque dele, do empregado, obtém proveito. Nesse caso o empregado pode achar que o patrão só quer o seu coro, ou melhor, o ôvo.

Quase sempre ninguém sujeita a alguém sem interesse próprio ou de outrém.

No caso da sujeição conivente, citamos como exemplo o caso do casamento em que a mulher aceita um matrimônio porque este lhe pode propiciar estabilidade econômica e financeira.
Há situação em que a pessoa busca até mesmo ser sujeitado, se essa sujeição lhe é favorável. Temos conhecimento de nações que preferiram ser submissas e sujeitas, a serem livres devido a condição em que viviam como livres. Preferiram ser como cachorro de rico, a ser príncipes sem súditos ou vassalos.

Existe uma forma de sujeição sutil, e que tem dominado os homens, ou ao qual os homens se sujeitam. São os sentimentos e prazeres.
Como sujeição ao prazer, podemos citar o caso do tabagismo. Todos sabem dos seus perigos, mas os que o praticam são vítimas, presos de seus prazeres. No caso do prazer, podemos citar o sexual. Há quem se aventure a um prazer efêmero e fugaz, mesmo com riscos. Falamos da relação sexual ilícita, da qual resultam os filhos bastardos, os abortos, as doenças venéreas, a AIDS, e as frustrações para os que se envolvem nela.

Os que se sujeitam a ela são presos de seus próprios desejos irrefreáveis. E, ao praticarem a relação ilícita, se fazem sujeitos de um sentimento, e não são racionais nem lógicos.
Será que existe alguém que queira sujeitar a outrem para o bem deste somente?

Até os pais quando sujeitam aos filhos, nem sempre o fazem pensando apenas no bem estar destes, mas nos seus também, evitando, assim, “sarna pra se coçar”.

Mas existe um Pai diferente. Tudo o que Ele manda visa ao bem do filho que for sábio, dando ouvidos aos seus ensinos. E esse Pai manda a seus filhos serem sujeitos, e isso em diversos níveis: divino, governamental, patronal, conjugal, paternal, etc.

A sujeição imposta por alguém pode ser benéfica, mas não será aceita se não for entendida como tal pelo sujeitado se este não ver nela alguma vantagem. Assim, há quem não se sujeite a Deus por não ver vantagem nisso.

Há quem permaneça ligado ao seu cônjuge por causa de filhos, sentimentos, como: paixão, desejo, e também por dependência financeira. Mas afora estes fatores, se eles não existirem, poucos não são os que o fazem por ordenança divina. Falamos do que diz a Escritura: estás ligado à mulher, não busques separar-te. I Co. 7:27.

Quando dizem ter acabado o amor, buscam logo o rompimento dos laços matrimoniais, apesar de a instrução de Deus que diz que Ele aborrece o divórcio. Ml. 2:16. Também que um homem só pode deixar sua mulher em caso de adultério. Mt. 5:32.

Há cônjuges que só se submete às regras matrimoniais impostas por Deus se houver conveniência para ele, e isso falando de sentimentos pessoais, carnais e humanos. Poucos o fazem por obediência divina, que diz: não separe o homem o que Deus uniu. Mt. 19:6.

Assim, se sujeitam às suas conveniências e sentimentos, mas não se sujeitam ao mando de Deus, que deixou regras para o bem estar do homem, para a estabilidade social e emocional.

É interessante que, não obstante os exemplos que provam ser incerto o futuro sentimental, continuem a prestar juramento de se amarem na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe.

Da mesma forma como os pais não devem e não dão explicações aos seus filhos quando lhes frustam as intenções, principalmente se eles não estão ainda em idade e condições de compreender, assim também procede Deus.

Houve vezes que Deus explicou as razões para a necessidade de o seu povo lhe obedecer. Numa delas foi quando lhe disse para exterminar totalmente os povos inimigos que faziam parte das sete nações que habitavam Canaã. Lhe disse que se não fossem exterminados, seriam como aguilhões nas suas ilhargas, e espinhos nos seus olhos. Outra foi quando disse que não se aparentasse com os povos estrangeiros, e que não dessem seus filhos para suas filhas, nem tomassem mulheres nem para si nem para seus filhos, das mulheres estrangeiras. Pois, disse ele, fariam desviar seus filhos de Deus, para adorarem deuses estranhos. E a desobediência a esses preceitos, resultou exatamente no que Deus havia previsto.

Existe um provérbio que diz: Faz lei quem pode, e obedece quem tem juízo. Deus é o nosso juiz e legislador. Devemos crer que tudo que Ele tem imposto para nós tem o objetivo de nos poupar do pior. Ele é sábio e amoroso e sabe o que é melhor para nós. Se Ele tivesse que justificar as suas leis, ordenanças, preceitos, mandamentos, estatutos e juízos, a bíblia não poderia ser do tamanho que é, e nem assim seria obedecida.

Mas, com o todo o conhecimento e experiência adquirido pelo homem, já não é difícil entender porque Ele inspirou a seus servos para dizer:
Toda a alma esteja sujeita as potestades. Rm. 13:1.

Admoesta-o a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra. Tt. 3:1.  
Sujeitai-vos, pois a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem. I Pe. 2:13 e 14.

Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja; sendo ele próprio o salvador do corpo. Ef. 5:22 e 23.

Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém no Senhor. Cl. 3:18.

Semelhantemente, vós, mulheres sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra. I Pe. 3:1.

Vós, mancebos, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. I Pe. 5:5.

Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Tg. 4:7.
Ainda que nem sempre se entenda porque, creiamos. Deus não nos deve explicações. Mas Ele nos ama, e por isso deixou os seus ensinos para nos fazer sábios, a fim de herdarmos a vida eterna.
oliprest
Enviado por oliprest em 22/08/2007


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr