Prova de fogo
Em um texto de uma epístola do apóstolo Pedro, o Espírito Santo fala sobre nossa fé ser provada como o ouro que é provado no fogo. Todos os grandes homens de Deus, cujos testemunhos constam nas sagradas escrituras, foram provados a fim de serem aprovados. E vamos citar aqui alguns casos.
O caso referente à ordem de Deus para Noé construir a arca. O tempo entre a ordem de Deus e o dilúvio levou cem anos para se cumprir. E mesmo assim Noé não duvidou, e trabalhou para cumprir a ordem de Deus de construir a Arca, nada obstante a zombaria dos seus contemporâneos, e possivelmente pessoas da parentela dele. Imagine se alguém esperou para ver se a revelação dada por Deus ia se cumprir para poder crer. Poderia ter visto, mas não escapado.
O caso de Abraão. Pela narrativa bíblica, Ele era um homem de posse de bens. Pois, só servos nascidos na sua casa eram trezentos e dezoito. E Deus mandou que ele saísse da sua terra e do meio da sua parentela e fosse para uma terra a qual Deus lhe mostraria. Só sendo uma pessoa temente e obediente a Deus para isso fazer sem titubear. Ainda mais sem saber para onde deveria ir.
Outrossim, quando Deus lhe pediu o seu filho em sacrifício, disse-lhe que fosse oferece-lo em um dos montes ao qual Deus lhe mostraria. E Abraão empreendeu uma viajem de três dias até ver o monte sobre o qual ele deveria imolar o único filho.
Saltando um pouco no tempo, vamos considerar o caso de José, filho de Jacó, o tão comentado “José do Egito”. Foi vendido como escravo pelos seus irmãos. Chegou ao Egito, onde foi revendido para Potifar, um oficial capitão da guarda de Faraó. Possivelmente ele não falava a língua Egípcia, porque os seus irmãos, no reencontro com ele, já como governador do Egito, tiveram que falar por meio de interprete com José, o qual usou esse expediente para não ser reconhecido por seus irmãos, enquanto ele, José, não fizesse o que tinha em mente fazer com eles, humilha-los. Antes, foi administrador da casa de Potifar, cuja mulher o assediou, e, por ter sido rejeitada por José, acusou-o de estupro. José foi posto na masmorra (prisão), na qual passou dois anos. Eita prova de fogo! Mas saiu de lá para ser governador do Egito, se cumprindo o sonho que tivera, no qual onze feixes de trigo se curvavam a ele, bem como o sol e a lua, ou seja, seus irmãos, pai e mãe.
Jó, o homem cujo nome é tido como sinônimo de paciência. Perdeu os filhos por morte súbita, todos os seus rebanhos de camelos, jumentos, bovinos, etc, além dos seus serviçais, dos quais escaparam uns poucos para lhe contarem o ocorrido. Foi ferido com chagas por todo o seu corpo, e mesmo instado por sua esposa para que amaldiçoasse a Deus, manteve-se firme e fiel a Ele, até o fim da prova. Ele foi literalmente entregue no poder de Satanás para ser provado. Pois o inimigo dos homens alegou que Jó só era fiel por ter tudo que Deus lhe havia dado. E disse a Deus que tirasse tudo dele, pois, assim, ele não seria fiel. Deus permitiu o intento de Satanás, mas estabeleceu limites a ele. Primeiro, que tocasse nas suas posses, mas não nele; depois, nele, mas não na vida dele.
Todos esses registros foram deixados para nos servir de exemplo.
Diz o missivista aos hebreus que nós ainda não fomos provados até o sangue, e que não veio prova senão humana sobre nós. Deus sabe os nossos limites, e não nos prova acima das nossas forças, e dá livramento aos fiéis.
Portanto, resisti ao diabo e ele fugirá de vós. Tenhamos como exemplo os patriarcas, os quais da fraqueza tiraram forças.
Manaus-AM, 08/02/2018
Oli Prestes
Missionário
oliprest
Enviado por oliprest em 08/02/2018