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SEM-TETOS

Nada obstante a abundância de riquezas existentes e disponíveeis no mundo, muitos são os que não têm um teto sob o qual possam reclinar a cabeça. Ainda que muitos desses sem-tetos se considerem filhos de Deus, e até sejam filhos de Deus, ainda assim e também por isso mesmo, estão na mesma condição do primogênito de Deus, Jesus, que disse que as “Raposas tinham covis e as aves dos céus tinham ninhos, mas que ele, o Filho do Homem, não tinha onde reclinar a cabeça”. Mt. 8:20. Apesar de ele estar no que era seu e ter vindo para os que eram seus, os quais não o aceitaram. Jo. 1:10 e 11.

Deus, na sua imensa sabedoria, proveu a terra de recursos materias os mais diversos, e deu-os aos homens, bem como a capacidade de usá-los em benefícios próprios. Assim, onde falta argila ou porção seca para construir, o homem se vale de outros recursos do qual dispõe e constrói, mesmo sobre as águas, o seu chão e o seu teto.

Existem mesmo os que moram na casa dos mortos, no cemitério, por falta de teto que lhe abriguem. E as razões para a falta de teto são várias, e vamos especular sobre algumas. Talvez o mais alegado seja mesmo a falta de recursos financeiros. Entretanto outras causas existem que são: comodidade, falta de iniciativa, rejeição, enfermidade (como loucura), perda da razão e da identidade como ser humano, conflitos familiares, litígios por heranças, demandas conjugais, etc.

Vamos esclarecer algumas dessas causas.

Comodidade, como razão: Há quem prefira viver morando em hotel, flat, resort, pensão, orfanato, asilo ou monastério, por isso lhe ser favorável, cômodo ou agradável. Por não querer ter cuidados com tarefas caseiras, rotineiras que um teto requer, ou por não gostar de tarefas do tipo, ou não poder e não ter tempo e ou condições físicas para isso.

Falta de iniciativa: Há quem não tenha teto por falta de iniciativa. Vive em casa alugada, com amigos, com parentes, etc., e não se preocupa em possuir um teto próprio.

Rejeição: Há quem viva sob marquizes, viadutos, pontes, imóveis desocupados e abandonados, por ser rejeitado por pais e parentes; por não se identificarem e/ou afinarem.

Enfermidade: Além dos que vivem em manicômios e asilos, há os que perambulam sem local fixo para reclinar a cabeça, devido a problemas psíquicos e possessões malignas que lhes induzem a viver alienados e sem destino, esquecidos dos parentes e de si mesmos. Entre estes se incluem os que tiveram perda da razão e da identidade como humanos.

Conflitos familiares: Incluem-se nos rejeitados, ou estes naqueles, e pode ser temporário ou duradouro. E leva muitos a viverem bolando prá cá e pra lá sem lugar fixo e sem um teto certo para reclinar a cabeça.

Litígio por herança: Enquanto esperam julgamento de causas relativas a heranças, alguns ficam a mercê da sorte esperando que esta lhes favoreçam, e assim vivem e morrem sem teto.

Demandas conjugais: Enquanto não concluídas, e mesmo concluídas, leva muitos cônjuges a ficarem daqui pra acolá como sem tetos. Cônjuges que se não harmonizam, podem ser induzidos a isso.

E há os que vivem sem teto devido o mundo os aborrecer, assim como Jesus foi aborrecido dos seus próprios irmãos, que certa ocasião quiseram prendê-lo questionando sua sanidade mental. Mc. 3:21.

Na cidade do Cairo muitos se valem das construções feitas no cemitério para morar. E vivem entre os mortos e com os mortos, valendo-se da casa destes para se abrigarem.
oliprest
Enviado por oliprest em 03/09/2007


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr