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SOBRENOME: TRABALHO
Há um provérbio corrente entre os filhos dos homens, que diz: “Quem trabalha Deus ajuda”. Assim, se exercitam no trabalho, se alegram no trabalho e vivem pro trabalho. E achando que fazem grande coisa com isso, chegam à vaidade de propor que seja um sobrenome herdado, mudado de Barbalho para “trabalho”, sugerindo, assim, ser uma pessoa progressista, e que por isso deva ser preferida por outros, para liderá-los como dominador (governo ou político). Donde provem esse conceito? Da sabedoria, ou da vaidade?

As Sagradas Escrituras nos podem responder essas questões com muita certeza e apropriadamente. Diz ela, de Salomão, o grande sábio:

"Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. Fiz para mim hortas e jardins, e plantei neles árvores de toda a espécie de fruto. Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores. Adquiri servos e servas, e tive servos nascidos em casa; também tive grandes possessões de gados e ovelhas, mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém. E fui engrandecido, e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. E tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho. E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol." Ec. 2:4-11.

E já que a recompensa do grande sábio foi ter tido prazer e alegria na obra que fez, ele chegou então a uma triste conclusão, veja:

"Por isso odiei esta vida, porque a obra que se faz debaixo do sol me era penosa; sim, tudo é vaidade e aflição de espírito. Também eu odiei todo o meu trabalho, que realizei debaixo do sol, visto que eu havia de deixá-lo ao homem que viesse depois de mim. E quem sabe se será sábio ou tolo? Todavia, se assenhoreará de todo o meu trabalho que realizei e em que me houve sabiamente debaixo do sol; também isto é vaidade." Ec. 2:17-19.

Como aquele grande sábio estava sendo usado pelo criador para viver a experiência, e dela concluir uma lição de vida para deixar à posteridade, então ele ficou aflito, veja:

"Então eu me volvi e entreguei o meu coração ao desespero no tocante ao trabalho, o qual realizei debaixo do sol. Porque há homem cujo trabalho é feito com sabedoria, conhecimento, e destreza; contudo deixará o seu trabalho como porção de quem nele não trabalhou; também isto é vaidade e grande mal. Porque, que mais tem o homem de todo o seu trabalho, e da aflição do seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo do sol? Porque todos os seus dias são dores, e a sua ocupação é aflição; até de noite não descansa o seu coração; também isto é vaidade." Ec. 2:20-23.

E o grande sábio observou ainda que:

". . .não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?" Ec. 3:22.

"Também vi eu que todo o trabalho, e toda a destreza em obras, traz ao homem a inveja do seu próximo. Também isto é vaidade e aflição de espírito." Ec. 4:4.

"Há um que é só, e não tem ninguém, nem tampouco filho nem irmão; e contudo não cessa do seu trabalho, e também seus olhos não se satisfazem com riqueza; nem diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isto é vaidade e enfadonha ocupação." Ec. 4:8.

Apesar dessas sábias revelações deixadas por Deus para os homens, estes buscam adquirir fama e fortuna pelo trabalho, ignorando que tudo é vaidade e aflição de espírito, e que:

"Vem de Deus que os povos se cansem para o fogo." Hq. 2:13.

Nas suas vãs maneiras de pensar, dizem que: “Quem madruga, Deus ajuda”, referindo-se a madrugar para o trabalho. Mas diz uma escritura:

"Inútil vos é levantar cedo, granjear o pão que penosamente granjeastes. . ." Sl. 127:2.

Mas há quem busque fundamento numa escritura onde o apóstolo Paulo diz: "Trabalhamos noite e dia para não sermos pesados." I Ts. 2:9. Mas não sabem ou desprezam outra que disse Jesus: “Trabalhai não pelo pão que perece, mas pelo que permanece, o qual o filho do Homem vos dará.” Jo. 6:27. E era nessa obra que o apóstolo Paulo trabalhava, apesar de ele ter tido necessidade de trabalhar para se manter e manter aqueles que lhe acompanhavam. At. 20:33 e 34.

Assim, o trabalho árduo é para o pecador, “Porque ao homem que agrada a Deus, ele dá sabedoria e alegria. Mas ao pecador Ele dá trabalho, para que se agaste, e amontoe, para deixar ao homem de quem Deus se agrada”. Ec. 2:26.

"Por isso, agrada-te do senhor, e Ele satisfará o desejo do teu coração." Sl. 37:4. "Pois a bênção do senhor é que enriquece e não causa dores." Pv. 10:22.
oliprest
Enviado por oliprest em 05/09/2007
Alterado em 28/08/2011


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr