LAMENTOS II
Ah! Senhor! Se pudéssemos
Ver os tesouros escondidos;
Mas estamos desatentos,
Incircuncisos de ouvidos.
Tua graça tem abundado,
E nós não reconhecemos.
Nós que nem filhos éramos,
Tua graça recebemos.
Ensina-nos a contarmos
Nossos dias de tal maneira
Que alcancemos corações sábios;
Setenta, talvez, ou oitenta com canseira.
Mas o que é isso para Ti?
Se a própria terra
No universo é como se
Deixasse de existir?
Ainda o sol do nosso sistema,
Que vemos sem tanta grandeza,
Supera-a aos mil; e de uma estrela
Como poderíamos vê-la?
E nessa terra habita a criatura,
Obra das tuas mãos,
Gastando seu tempo a buscar
Felicidade em coisas vãs.
Gasta esse tempo buscando
A felicidade perdida,
Em prazeres que lhe causam
A partida pra não voltar.
Não Te serve e ainda estorva
A obra que realizas;
Dificulta a salvação das almas
Que desejas resgatar.
Faze-nos sábios,
Opera em nós;
Dá-nos o querer,
Ouve-nos.
Vivemos desatentos!
Se somos teus filhos,
Torna-nos crente,
Faze-nos entendidos.
Tua graça está derramada;
Ajuda-nos a levarmos a luz;
Fortalece nossas almas,
Toma conosco a nossa cruz.
oliprest
Enviado por oliprest em 17/11/2007